Encontro da Rede Leite em Augusto Pestana apresenta história de superação familiar


Unidade de Observação de Débora e Gilson Rhoden sediou o evento na sexta-feira


Produtores esclareceram dúvidas no encontro com o pesquisador da Embrapa, Gustavo Martins da Silva

A história de superação de uma jovem família, por meio da atividade leiteira, foi o pano de fundo do encontro da Rede Leite, realizado na sexta-feira (31/8), em Augusto Pestana. O evento ocorreu na propriedade do casal Débora e Gilson Rhoden, que está localizada na comunidade Bom Princípio e é uma das 67 Unidades de Observação da Rede Leite.

O casal ingressou no programa há dois anos. Desde então, a reviravolta na propriedade foi grande. O histórico da família e os avanços verificados foram apresentados pelo casal anfitrião e pelo engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Erni Breitenbach.

Ainda durante a manhã foi realizada uma visita às instalações da propriedade, com a presença do empresário Clairton Matte, que realiza manutenção de ordenhadeiras e presta assistência técnica. Na área de pastagens, os produtores esclareceram dúvidas com o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Gustavo Martins da Silva.

Ao meio-dia foi servido almoço no salão comunitário de Bom Princípio, e durante a tarde os produtores relataram as dificuldades enfrentadas na atividade e de que forma a Rede Leite pode ajudar a encontrar soluções. Os principais problemas elencados foram a pouca alimentação disponível ao gado, devido à seca, o recorrente problema do barro, a falta de água, pouca mão de obra e a falta de laboratórios de análise de leite na região.

O evento contou com a participação de técnicos extensionistas da Emater/RS-Ascar, além de produtores de leite que fazem parte da Rede Leite dos municípios de Augusto Pestana, Ijuí, Boa Vista do Cadeado, Coronel Barros e Jóia.


História

Casados há nove anos, Débora e Gilson são exemplos de que a união em prol de um objetivo comum gera bons frutos. Gilson trabalhava com a atividade leiteira desde pequeno, com os pais. Enquanto Débora morava na cidade, onde estudava e trabalhava. Após o casamento, Débora não conseguiu convencer o marido a irem morar na cidade. “Foi então que decidimos ficar no campo. Compramos terra pelo crédito fundiário e instalamos uma casa para morarmos”, lembrou Débora. A renda do casal, naquela época, provinha do leite e era dividida com outras pessoas da família. “Tirávamos leite na casa do meu sogro, mas como os lucros eram divididos, a renda era pequena”.

Foi então que o casal decidiu investir em uma estufa de pepinos. De acordo com Gilson, a construção da estufa foi financiada em cinco anos. “Contudo, plantamos pepinos por apenas três anos, porque não deu mais certo. Resolvemos parar com a atividade, vendendo a estufa”.

Havia chegada a hora de a família realizar um planejamento. “Conversamos com o técnico da Emater/RS-Ascar, Claudio dos Santos, para encontrarmos uma solução. Após muitos cálculos, decidimos apostar na atividade leiteira, financiando a compra de mais vacas e a construção das instalações necessárias”, explicou Gilson.

A partir de 2006, com muito trabalho e contas registradas no papel, a família foi se reerguendo. Hoje, a propriedade é um verdadeiro exemplo de superação. “Nossa qualidade de vida melhorou muito. Hoje temos uma vida estruturada, confortável, e, o principal: com o ingresso no Programa Rede Leite, temos segurança na atividade leiteira”, comemorou Débora.

Com a renda proveniente exclusivamente da atividade leiteira, a propriedade conta com 12,5 hectares destinados para pastagens anuais de aveia, trigo forrageiro e azevém sobre semeadura no tifton. O plantel dos Rhoden é de 48 animais, sendo 27 em lactação. “Atualmente, a produção diária de leite é de quase 500 litros. Cada vaca produz, em média, 17 litros de leite ao dia”, contou Gilson.

 

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Ijuí
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