Rede Leite entra para o rol das Tecnologias Sociais da Fundação Banco do Brasil


Além da Rede Leite, concorreram nessa edição do prêmio outros 1.116 trabalhos, sendo apenas 264 certificados pela Fundação Banco do Brasil.


O Programa em Rede de Pesquisa-Desenvolvimento em Sistemas de Produção com Atividade Leiteira na Região Noroeste do RS (Rede Leite) acaba de entrar para o seleto rol das Tecnologias Sociais certificadas no país pela Fundação Banco do Brasil. O anúncio foi feito em outubro pela comissão julgadora do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2011. 

Além da Rede Leite, concorreram nessa edição do prêmio outros 1.116 trabalhos, sendo apenas 264 certificados. “É o coroamento da soma de esforços de nove instituições de ensino, pesquisa, extensão rural e produtores”, comemorou o gerente da Emater/RS-Ascar da Região de Ijuí, Geraldo Kasper.

 A partir de agora, o programa que vem sendo desenvolvido desde 2008 com recursos dos governos estadual e federal em 50 pequenas propriedades rurais da Região Noroeste passa a ser um dos 835 projetos nacionais a constar no Banco de Tecnologias Sociais, em vigor desde 2001, quando o prêmio foi instituído. Segundo o assessor da gerência, parceria, articulação e tecnologia social da Fundação Banco do Brasil, Rogério Miziara, o Banco de Tecnologias Sociais é um dos principais instrumentos utilizados pela fundação para disseminar, promover e fomentar a multiplicação de tecnologias sociais. “Esta notícia é um prêmio e consagra um trabalho feito de baixo para cima”, disse o professor do curso de Agronomia da Unijuí, Adriano Maixner.

 Amparado em três eixos, o social (qualidade de vida dos produtores), ambiental (qualidade da água, solo e pasto) e econômico (aumento da renda), a Rede Leite melhorou a eficiência produtiva em todas as propriedades onde entrou. Após aderirem ao programa, os pequenos produtores passam a trocar informações sobre manejo, alimentação e gestão com profissionais de nove instituições: Emater/RS-Ascar, Embrapa Pecuária Sul, Unijuí, Unicruz, Embrapa Clima Temperado, Instituto Federal Farroupilha – campus Santo Augusto, Cooperfamiliar, Fepagro e Agel. As propriedades passam a ser um laboratório a céu aberto, onde estudantes, pesquisadores e extensionistas rurais testam consórcios de forrageiras, analisam o solo e as relações familiares, se desafiando a encontrar soluções aos problemas do cotidiano rural.

 A relação completa dos trabalhos que concorreram ao Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2011 e que foram certificados pela Fundação Banco do Brasil estão no site www.fundacaobancodobrasil.org.br.

  

Rede Leite: histórico

2004 - Início da discussão sobre a metodologia pesquisa-Desenvolvimento e sua aplicação na realidade regional.

2008 – Implantação do programa em 50 propriedades do Noroeste, com recursos dos Governos Federal e Estadual

2009 – Embrapa Pecuária Sul comunica que iria manter em Ijuí um de seus pesquisadores para trabalhar na Rede Leite

2010 – Nove instituições assinam a Carta de Intenções formalizando adesão ao programa

2011 – Emater/RS-Ascar adota metodologia da Rede Leite no atendimento de 4 mil famílias do Território da Cidadania Noroeste Colonial

          - Metodologia da Rede Leite inspira Governo do Estado a criar o programa Leite Gaúcho

          - Fundação Banco do Brasil dá certificado de Tecnologia Social à Rede Leite