Dia de Campo em São Martinho recomenda planejamento


O Brasil é o quinto maior produtor mundial de leite. No entanto, a atividade impõe desafios antes, durante e após a ordenha.


Evento foi realizado na propriedade do casal Dolores e Danísio Fritzen

O Brasil é o quinto maior produtor mundial de leite, com 30,7 bilhões de litros produzidos anualmente. O produto tem papel relevante na agropecuária brasileira e na geração de renda, especialmente na Região Noroeste, onde se concentra a maior bacia leiteira do Rio Grande do Sul.

Para a Emater/RS-Ascar, no entanto, essa atividade ainda impõe grandes desafios antes, durante e após a ordenha. Para tratar do tema, a Emater/RS-Ascar promoveu um Dia de Campo, na quinta-feira (17/8), na propriedade do casal, Dolores e Danísio Fritzen, em São Martinho. O município com mais de cinco mil habitantes, produz diariamente mais de 70 mil litros de leite. A atividade representa a principal fonte de renda para mais de 400 famílias de agricultores familiares.  

O planejamento, segundo o médico veterinário da Emater/RS-Ascar, Oldemar Weiller, é o ponto de partida e evita futuras despesas e dor de cabeça.  “É necessário planejar a quantidade de pasto de acordo com o tamanho do plantel”, exemplificou Weiller. O produtor, segundo o médico veterinário da Emater/RS-Ascar, também deve avaliar o papel da silagem na propriedade, dimensionando o tamanho do silo de acordo com a necessidade do rebanho. As variedades de milho para a silagem, recomendadas pela Embrapa, seriam a balu 761 e a maximus. “São variedades que apresentam produtividade por hectare até 15% superior a de outras, disponibilizadas no mercado”, comparou Weiller. O momento certo de ensilar o milho seria quando o grão atinge 35% de matéria seca, passando do ponto de farináceo para farináceo duro.  Outra orientação repassada no dia de campo, a fatia que o produtor corta da silagem deve ter 20 cm para evitar proliferação de fungos e intoxicação do rebanho.

A rotina da ordenha e o ambiente em que vivem os animais também são decisivos, disseram a extensionista de Bem-Estar Social e o técnico em agropecuária da Emater/RS-Ascar, Araci Kerber e Cristiano Herpic. O barro, as pedras, o arame farpado, a falta de sombra e de água limpa e o estresse provocado por cachorros e pessoas afetam negativamente a produção. A limpeza dos tetos, dos equipamentos e das mãos que fazem a ordenha foram outros aspectos destacados pelos extensionistas. 

As plantas com propriedades medicinais, como a malva – anti-inflamatória-, a cobrina e carqueja – desinfetantes, também foram recomendadas no dia de campo aos pequenos produtores de leite.

 

Informações
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