Resultados com forrageiras na estação quente são apresentados a produtores


As instituições parceiras da Rede Leite vem diagnosticando o comportamento das forrageiras de espécies tropicais tolerantes ao frio


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As instituições parceiras da Rede Leite vem diagnosticando o comportamento das forrageiras de espécies tropicais tolerantes ao frio, consorciadas com forrageiras de clima temperado, plantadas em junho de 2008, em seis pontos de observação localizados em Ijuí, Cruz Alta, Santo Ângelo, Santo Augusto, Ibirubá e Tenente Portela. “Em cada região, o desempenho é diferente em função do solo, clima, tecnologia e manejo”, explicou o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Pedro Urubatan Neto da Costa.

Em menos de cinco meses, mais de 400 pessoas, a maioria pequenos produtores de leite, já visitaram as unidades de observação de forrageiras em eventos promovidos pelos parceiros do programa. “Através das unidades de referência estamos mostrando que a qualidade das sementes das forrageiras é de extrema importância, além do grande potencial do consórcio entre gramíneas, como aveia e capim elefante, e leguminosas, como trevos e ervilhaca, ainda pouco praticado na região, e que apresenta grandes vantagens porque diminui a necessidade de ureia e aumenta a qualidade das pastagens”, disse o pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Daniel Montardo.

Para se fazer presente na Unidade de Observação (UO) de Tenente Portela, por exemplo, Montardo viaja sete horas. Um fato incomum entre os pesquisadores, cuja atuação, normalmente, se restringe a seus laboratórios de pesquisas. “É gratificante”, justificou ele. O desprendimento dos parceiros do programa é elogiado por Urubatan. “Esse processo está buscando viabilizar a agricultura familiar na medida em que gera conhecimento a partir da integração entre pesquisadores, extensionistas e agricultores”, concluiu.

Historicamente, o manejo e o desempenho das forrageiras têm sido pesquisados em regiões de campo nativo, de clima temperado, onde estão localizados os tradicionais centros de pesquisa, restando, aos produtores da Região Noroeste experimentar e definir por si mesmos as espécies e cultivares de estação quente a serem implantadas em suas propriedades. O trabalho da Rede Leite, no entanto, vem quebrando esse paradigma.

Informações
Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar Regional de Ijuí
Jornalista Cleuza Noal Brutti
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