Paixão pela atividade leiteira é destaque em encontro da Rede Leite em Humaitá


Evento foi realizado na UO da família Silva, na localidade de Sanga Severina


Este foi o segundo encontro realizado na propriedade da família Silva

A paixão pelos animais e pela atividade leiteira fizeram com que a família de Simone e Adelar Rodrigues da Silva, de Humaitá, decidisse abandonar a produção de grãos. “Resolvemos dar mais atenção à atividade leiteira. Podemos dizer que valeu a pena trocar os grãos pelo leite”, disse Simone. A escolha, segundo a produtora, foi tranquila, pois a família do marido produz leite há anos.

A decisão tomada há apenas quatro anos já proporcionou bons resultados, apresentados na quarta-feira (5/12), no encontro do Programa Rede Leite, realizado na propriedade do casal, na localidade Sanga Severina. Aproximadamente 50 pessoas participaram, entre extensionistas da Emater/RS-Ascar e produtores de leite das proximidades.

A propriedade dos Silva é uma das 68 Unidades de Observação (UO) da Rede Leite. A família também investe na suinocultura e planta milho e pastagem, como tifton e aveia, em 18,5 hectares, com o objetivo de produzir a própria ração para os animais.

O plantel da família é de 34 animais, dos quais 30 estão em lactação. A produção diária de leite é um dos destaques, em média são produzidos 635 litros, equivalente a mais de 21 litros de leite vaca/dia. O casal se preocupa constantemente em melhorar a qualidade do leite e da genética e aumentar a produção. “Temos um controle da árvore genealógica dos animais e um médico veterinário acompanha mensalmente os animais, a fim de prevenir as doenças”, contou o produtor de leite de Humaitá.

As professoras da Unijuí, Denise da Rosa Fraga e Luciane Viana Martins, no encontro juntamente com a acadêmica do curso de agronomia, Isadora Lorenzoni, destacaram o alto índice de vacas em lactação, que hoje é de 86% na propriedade.

O plano futuro é aumentar a produção de leite, porém, com menor número de vacas. A família também manifestou preocupação em relação à sucessão na atividade. Os filhos Gustavo, de dez anos, e Augusto, de um ano e sete meses, são a aposta dos pais. “O Gustavo já nos ajuda. E o melhor: ele gosta muito do trabalho com as vacas. Caso os dois queiram continuar na atividade, daremos o apoio necessário”, confessou a mãe.

Desde que ingressaram na Rede Leite, há mais de dois anos, esse é o segundo encontro realizado na propriedade. Momentos como este, na avaliação de Simone, são de extrema importância. “A troca de ideias e de conhecimento são o ponto forte do programa, pois tiramos dúvidas e sempre levamos alguma novidade para casa em relação à atividade”, diz Simone.

Os extensionistas da Emater/RS-Ascar, Carlos Turra e Michele Wagner, auxiliaram os anfitriões do evento a explanarem questões sobre a qualidade do leite, manejo dos animais e higiene na ordenha, bem como os equipamentos utilizados, como mangueiras e conjunto de teteiras e detergentes e outros produtos utilizados. Foram apresentadas as mudanças ocorridas na propriedade desde o ingresso no programa, como a construção de um silo para formulação de ração, do botijão inseminação, resfriador e de um gerador de energia.

Foram parceiros no evento a Cresol, Sicredi e secretarias municipais de Agricultura e Meio Ambiente.


Dados da atividade leiteira em Humaitá

Em 2010, Humaitá ocupava a 74ª posição no ranking gaúcho de produção de leite, com 13.500 milhões de litros, e o 78º lugar em relação à produtividade, com 3.293 litros/vaca/ano, ou seja, 9,02 litros vaca/dia. Em 2011, a produção subiu para 14 milhões de litros e a produtividade, para 3.333 mil litros de leite vaca/ano, o que equivale a 9,13 litros vaca/dia. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Informações
Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Ijuí
Jornalista Cleuza Noal Brutti
Estagiária Jaqueline Peripolli