Aumenta número de famílias que ingressam na Rede Leite


São 67 Unidades de Observação cadastradas, porém número de produtores beneficiados passa de quatro mil


Dias de campo em UOs levam informações a centenas de produtores

Em quatro anos, subiu de 50 para 67 o número de Unidades de Observação (UOs) cadastradas no Programa em Rede de Pesquisa-Desenvolvimento em Sistemas de Produção com Atividade Leiteira no Noroeste do Estado (Rede Leite). Na definição dos pesquisadores, as UOs são as pequenas propriedades rurais, consideradas laboratórios a céu aberto, onde a pesquisa é realizada.Contudo, o gerente da Emater/RS-Ascar da região administrativa de Ijuí, Geraldo Kasper, destacou que, nesse período, a metodologia da Rede Leite deve ter beneficiado, pelo menos, outras quatro mil famílias. “Os dias de campo, as reuniões e visitas técnicas levaram informações a centenas de produtores que não estão oficialmente envolvidos na Rede Leite”, explicou Kasper.

Em 2008, quando o programa começou a ser implantado oficialmente com recursos dos Governos Estadual e Federal e da sociedade civil, a Rede Leite contava 50 pequenas propriedades rurais. Após quatro anos, outras 17 famílias pediram ingresso na rede, fazendo o número de UOs aumentar para 67.

O aumento significativo de propriedades que participam do programa, segundo o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Gustavo Martins da Silva, reflete uma consolidação do trabalho conjunto realizado, considerando que a metodologia proposta pela Rede Leite é um desafio. “Neste programa, o técnico trabalha com o agricultor, realizando a análise do sistema de produção e levantando propostas de melhorias”, explicou Silva. “A metodologia desenvolvida, na qual os produtores são os atores da produção de conhecimento”, também foi apontado por Kasper como um dos motivos do crescente interesse. 

O Programa Rede Leite tem o objetivo de contribuir para o fortalecimento e a viabilidade da agricultura familiar, com foco na atividade leiteira. O trabalho desenvolvido no programa é conjunto, ou seja, com o envolvimento de pesquisadores, extensionistas e produtores para a geração de conhecimento e de tecnologias por meio de um processo participativo – a metodologia pesquisa-desenvolvimento –, realizado nos próprios estabelecimentos rurais a partir dos sistemas de produção existentes.“Tanto as instituições de pesquisa como as de ensino passaram a ter ações nas Unidades de Observação”, concluiu Kasper.

Atualmente, a Rede Leite é integrada por oito instituições: Emater/RS-Ascar, Embrapa Pecuária Sul e Embrapa Clima Temperado, Unijuí, Unicruz, Fepagro, Instituto Federal Farroupilha – campus de Santo Augusto, Cooperfamiliar e Agel.

 

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Ijuí
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